T.C.D.C

SISTEMA EDUCATIVO PORTUGUÊS










O Menino Selvagem

Curso: Complemento de Formação Científica e Pedagógica para Educadores de Infância
Unidade Curricular: Teoria do Currículo e Desenvolvimento Curricular
Professor: Carlos Jorge De Sá Pinto Correia
Aluno(a): Fátima Vieira
Obra cinematográfica: O Menino Selvagem - “L’enfant sauvage”

Grelha de Observação e Análise de Sequências Fílmicas
Considere as sequências de imagens como…uma linguagem; um produto histórico e um veículo de comunicação


Ficha Técnica

Título Original: L'Enfant Sauvage.
Origem: França, 1970.
Direcção: François Truffaut.
Roteiro: François Truffaut e Jean Gruault, baseado em livro de Jean Itard.
Género: Drama.
Duração: 1h e 24m.
Música: - António Vivaidi, em interpretações dirigidas por Antoine Duhamel.


Análise Globalizante

Exposição das ideias principais

Num dia de Verão do ano de 1798, numa floresta francesa, foi encontrada por caçadores uma criança selvagem. Levada para Paris, foi observada pelo mais célebre psiquiatra da época, Pinel, que a considerou como um idiota irrecuperável e pelo jovem médico Itard que, ao contrário, considerou ser possível recuperar o atraso provocado não por inferioridade congénita mas pelo seu isolamento total.
Para provar a veracidade das suas razões, Itard pediu a tutela desta criança.
Assim, na sua casa em Batignoles, com a ajuda da sua governanta, Mme Guérin, iniciou a difícil tarefa de desenvolver as faculdades dos sentidos, intelectuais e afectivas de Victor, nome pelo qual se passou a chamar esta criança.
Apresentação dos aspectos positivos / negativos

Os aspectos positivos são: a dedicação e empenho que aquele professor deu a esta criança que a priori a sociedade desprezou. A diligência de uma educação baseada na afectividade, sensibilidades, e na sociabilidade e numa constante descoberta da relação afectiva. Nesta obra é notório a existência de uma proximidade aos factos reais, e é de realçar a ternura com que a figura do selvagem é tratada, a sobriedade formal que Truffaut utiliza, o despojamento de imagem e a fé no homem que o filme manifesta e que são os pontos fortes.

Os aspectos negativos são: Luta pelo alimento por parte da criança para a sua sobrevivência, e posteriormente o sofrimento causado por uma adaptação hostil a civilização, e a dificuldade de comunicação que a criança sentiu com todos os elementos.

Pertinência pedagógica

Pertinência pedagógica – Filme com cultura. Define a evolução da educação humana e a sua socialização e progressivamente a relação de afectos, diminuindo a dicotomia entre a Natureza e a Sociedade.
Palavras-chave

Educação /Natureza x Cultura/Pedagogia do afecto/ Desenvolvimento das Faculdades Afectivas/ Integração na sociedade/Socialização e Cultura.

Análise Concentrada

Este filme aborda, a permeabilidade da sociedade em relação à diferença. O início da ideia de socialização, o afecto e a procura incessante pela integração do menino selvagem na sociedade foi o elemento pela principal evolução do empenho pela inclusão social.


Descrição do contexto e das situações/ reconstrução da temática (história)

O "menino selvagem” foi criado livremente e num ambiente selvagem. Provavelmente abandonado numa floresta aos 4 ou 5 anos, o menino vivia inteiramente nú, e fugia do contacto com as pessoas, mas num dia foi visto pela primeira vez na floresta. E mais tarde foi capturado e depois foi examinado; era um menino de cerca de 12 anos de idade, media 1,36 m, tinha a pele branca e fina, rosto redondo, olhos negros e fundos, e cabelos castanhos. A sua fisionomia foi descrita como graciosa; sorria involuntariamente e seu corpo apresentava a particularidade de estar coberto de cicatrizes, além disso tinha comportamentos anti-sociais, não falava e não se interessava por nada. A criança acabou por ser enviado para uma instituição de surdos e mudos, porque não comunicava e parecia não entender o que se dizia. Jean-Pierre Itard (médico humanista, inspirado principalmente em Condillac), foi indicado para cuidar do caso. O Doutor Itard, ao contrário de Pinel, entendeu que seria um caso que a educação resolveria, bastando para isto adoptar um método pedagógico que iria despertar a inteligência no menino. Por isto, optimista, resolveu “baptizar” o menino com o nome “Victor”, porque tinha certeza da vitória do conhecimento sobre a natureza.

Contando com o auxílio de uma governanta, Senhora Guérin, Itard propôs-se educar o menino, cuidando dele com carinho, iniciou a difícil tarefa de desenvolver as faculdades dos sentidos intelectuais e afectivas de Victor. A governanta corta-lhe as unhas, o cabelo, veste-o e ensina-o a comer com a colher, enfim a ser civilizado.
O professor ensina procurando situações em que sua memória visual seja posta a serviço da aprendizagem da escrita e da leitura. E sempre quando acerta o professor procura recompensá-lo com um copo de água.
Vai ampliando o grau de complexidade das actividades, e Victor, por vezes saturado da repetição, recusa-se a continuar e irrita-se como forma de não corresponder ao processo de aprendizagem. Assim, o professor coloca-o de castigo. No entanto, repensando sua atitude, Itard tira-o do castigo e acalma-o, uma das poucas demonstrações de afecto do professor com Victor. Com o passar do tempo o rapaz foi interiorizando e aprendendo o que lhe foi ensinado, principalmente quando era algo que ele gostava. Por exemplo, para pedir o leite, como ele gostava, com algumas tentativas consegue formar a palavra leite, correctamente. Porém este processo de aprendizagem, aconteceu com actividades mecanizadas e repetitivas. As suas tentativas e expectativas em relação ao rapaz vão crescendo, mas Victor, num momento de fúria, ao ver a janela aberta, sai de casa e regressa à sua antiga liberdade (a floresta). Contudo, já não consegue sobreviver na floresta e o rapaz regressa novamente para casa. Ao regressar, Victor fez passar as mãos de Mme Guérin no seu rosto. Ao assistir a esta cena o professor faz-lhe uma festa na cabeça: “já não és selvagem, embora não sejas ainda um homem”.
Mme Guérin leva Victor para descansar. As últimas palavras são do professor:
“Amanhã recomeçaremos os exercícios”

Auto-avaliação

Este filme faz com que haja uma maior sensibilidade em relação a educação, e nunca se deve menosprezar nenhuma criança. Outro aspecto a referir é o facto que os afectos têm um papel preponderante e, felizmente é um aspecto que se prolonga há séculos.

O Principezinho




RESUMO
O narrador, um piloto de avião, cujo avião despenha-se no deserto do Sahara.
O acidente estraga o avião e deixa o narrador com pouca água e comida.
Enquanto ele estava preocupado com a sua actual situação, o Principezinho aproxima-se dele.
Este era um pequeno rapaz loiro que pede ao narrador para lhe desenhar uma ovelha. O narrador aceita, e os dois tornam-se amigos.
O piloto aprende que o Principezinho vem de um pequeno planeta chamado Asteróide 324, mas as pessoas na Terra chamam-no de Asteróide B-612.
O Principezinho tem bastante cuidado com o seu planeta, evitando que ervas daninhas cresçam. Um dia, uma misteriosa rosa floresce no planeta e o Principezinho torna-se amigo dela. Porém um dia ele apercebeu-se que a rosa mentia-lhe, logo não podia confiar nela. Ele tornou-se solitário e decidiu partir.
Apesar de se ter reconciliado com a rosa, o Principezinho decidiu explorar outros planetas e curar a sua solidão. Enquanto viajava, o narrador diz-nos, que o Principezinho passa por asteróides vizinhos e encontra pela primeira vez o estranho mundo dos adultos.
Nos seis planetas que o Principezinho visita, ele encontra um Rei, um Presunçoso, um Bêbado, um Homem de Negócios, um Acendedor de Candeeiros, um Geógrafo, todos eles vivem sozinhos e estão completamente consumidos pelas suas actividades. Tais estranhos comportamentos divertem e perturbam o pequeno príncipe. Ele não entende a necessidade de mandar nas pessoas, de ser admirado, e possuir tudo.
Com a excepção do Acendedor de Candeeiros, cuja persistência o Principezinho admira, ele não pensa muito nos adultos que visita e nem aprende algo útil. No entanto, aprende com o Geógrafo que as flores não duram para sempre e por isso começar a sentir saudades da rosa que deixou no seu planeta. Devido à sugestão do Geógrafo, o Principezinho visita a Terra, mas ele aterra no meio do deserto e não encontra humanos.
Em vez disso, ele conhece uma serpente cobra que lhe fala em enigmas e insinua que se ela desejar devido ao seu veneno mortal pode enviá-lo para estrelas. O Principezinho ignora a oferta e continua a sua exploração, parando para falar com uma flor e subindo a montanha mais que ele encontra, onde ele confunde o eco da sua voz com uma conversa. Ele encontra uma rosa, que o surpreende e o deprime – a sua rosa tinha-lhe dito que ela era a única da sua espécie.
O Principezinho torna-se amigo de uma raposa, que lhe ensina que as coisas importantes são visíveis ao coração, e que o tempo que ele esteve longe da rosa faz com que a rosa seja especial para ele e que o amor torna a pessoa responsável pelos seres que ama.
O Principezinho toma consciência que apesar de haver muitas rosas, o seu amor pela rosa faz com que ela seja única e que ele seja por isso responsável por ela. Apesar desta revelação, ele sente-se muito sozinho porque está tão afastado da sua rosa.
O Príncipe termina a sua história descrevendo os encontros com dois homens: o Agulheiro e o Comerciante. No oitavo dia do narrado no deserto, e devido à sugestão do pequeno príncipe, ele procuram um poço. A água alimenta os seus coração tal como os seus corpos, e os dois partilham o momento de felicidades à medida que ambos concordam que muitas pessoas não vêem que o que é realmente importante na vida.
Todavia o Principezinho apenas consegue pensar no regresso à sua rosa, e ele começa a fazer planos com a serpente para voltar ao seu planeta. O narrador consegue consertar o seu avião no dia anterior ao aniversário de um ano da chegada do Principezinho à Terra.
O Principezinho e o narrador saem do lugar onde o primeiro tinha aterrado. A serpente morde o Príncipe, que cai devagar sem fazer barulho na areia. O narrador fica confortado quando não consegue encontrar o corpo do Principezinho no dia seguinte e está convencido que o Príncipe retornou ao seu asteróide.
O narrador é também confortado pelas estrelas, nas quais ele agora ouve o riso do seu amigo. Muitas vezes, contudo, ele fica triste e pensa se a ovelha que ele desenhou terá comido a rosa do Principezinho.
O narrador conclui mostrando aos leitores o desenho da paisagem do deserto e pedindo-nos para pararmos por uns instantes sob debaixo das estrelas se por acaso estivermos um dia em África, no deserto e para avisarmos imediatamente o narrador se o Principezinho voltar.

Mapa Conceptual - Os animais da quinta

A exploração dos conteúdos relativos aos animais domésticos, surgiu no contexto de uma visita de estudo à Quinta da Eira, Penafiel.
O grupo de crianças revelou muito interesse pelos animais, particularmente pela ovelha. Assim, quando chegamos à sala, exploramos este tema e foi montado o "Canto da Quinta". A partir desta actividade, outros temas surgiram, como: os animais selvagens e seu habitat; a floresta e o dia da árvore; a preservação do meio ambiente e a reciclagem.

Mapa Conceptual - Ovelha